O Pavilhão da Romênia na 18ª Exposição Internacional de Arquitetura – La Biennale di Venezia apresentará inovações tecnológicas do passado como fonte de inspiração para criar ambientes urbanos mais agradáveis e resilientes no futuro. Intitulado Now, Here, There, o projeto foi escolhido através de um concurso nacional. A equipe de curadoria composta por Emil Ivănescu, Simina Filat, Cătălin Berescu e Anca Păsărin sugere recorrer a invenções esquecidas do início do século XX para abrir o campo de possibilidades para projetos futuros. A equipe também colabora com diversas instituições e especialistas, incluindo o Museu Técnico Nacional de Bucareste, que disponibilizará uma série de artefatos originais que serão exibidos na mostra, de 20 de maio a 26 de novembro de 2023.
Por meio do desenho da exposição, a curadoria oferece sua interpretação do tema da bienal, Laboratório do Futuro, escolhido pela curadora Lesley Lokko. Eles convidam os visitantes a contemplar a maneira como as ideias são concebidas dentro de um laboratório: não no vácuo, mas bem informadas por inovações científicas anteriores, dilemas e contradições. O percurso do visitante pela exposição torna-se, assim, pedagógico: a procura de novas ideias decorre da compreensão das anteriores. O brainstorming e a colaboração interdisciplinar transformam esse caminho em uma busca prolífica de novas ideias para criar um futuro melhor.
A primeira seção da exposição é “Inovações Perdidas”, que consiste em uma seleção de artefatos originais criados por inovadores romenos, muitos dos quais permaneceram desconhecidos. Uma das exposições é um carro original totalmente elétrico construído em 1904, que ainda funciona. Outros artefatos incluem o primeiro carro aerodinâmico com tração integral do mundo, construído na década de 1920, um dispositivo para trabalhar em campo radioativo e uma construção de habitação social acessível criada há um século.
A exposição continua apresentando um plano de “Pedagogias Laterais”, cem estudos de caso de projetos interdisciplinares desenvolvidos por equipes de arquitetos, designers, urbanistas, sociólogos, antropólogos, economistas e políticos. A instalação apresenta possíveis soluções localizadas para questões gerais como inclusão social, agricultura urbana, comunidades vulneráveis. Os estudos de caso apresentam o potencial impacto que arquitetos e designers podem ter a nível social e até político, melhorando a qualidade do espaço e também a qualidade de vida.
Ao final de sua jornada pelo Pavilhão da Romênia, os visitantes são convidados a contribuir com a Instalação Post-It, uma estrutura metálica interativa contendo 500 cartões móveis impressos com mensagens do discurso de curadoria da exposição. Os visitantes são convidados a levar para casa os cartões e substituí-los por novos postais onde poderão deixar uma pequena anotação ou desenho de ideia. No final de cada dia, as ideias de postal colocadas na estrutura serão digitalizadas e colocadas na plataforma online da exposição.
Outros pavilhões nacionais também estão olhando para o passado para encontrar os recursos para criar um futuro melhor. O Pavilhão do Uzbequistão escolheu o Studio KO para fazer a curadoria de uma exposição focada na rica herança arquitetônica e nas tradições do país. O Pavilhão dos Países Nórdicos, com curadoria de Joar Nango, traz um fragmento da cultura indígena Sámi para Veneza. Ao mesmo tempo, o Pavilhão da Geórgia questiona a temporalidade de nossa pegada ambiental explorando um assentamento artificialmente alterado na região de Dusheti, na Geórgia.
- Curador: Emil Ivănescu,
- Gerente de projeto: Simina Filat,
- Pesquisa científica e coordenador do catálogo: Cătălin Berescu,
- Coordenador de modelos: Anca Păsărin;
- Colaboradores: Ana Maria Zahariade, Mihai Medvedovici, Robert Zotescu, Petruț Viașcu.
Mais informações sobre La Biennale di Venezia.